Thursday, July 13, 2006

Entrevista com Arlindo Machado

Os filmes do Godard daquele período, por exemplo, de 1968 ao final dos anos 70 -aquela fase invisível do Godard-, estão todos sendo relançados. Algumas questões que estão sendo colocadas na internet, algumas questões de mídia tática, são retomadas de idéias daquele período. Isso é um aspecto do problema. Outro aspecto é que havia então uma discussão marginal sobre a técnica, que foi crescendo e hoje é hegemônica. Fora isso, ainda há a discussão do que eu chamava de "cinema conceitual", e recentemente a questão de um audiovisual que estaria substituindo o livro voltou. Um pensamento que eu tinha naquele tempo, que parecia meio morto, mas que de repente ressuscitou, especialmente pela obra do Godard. Que seria uma espécie de filósofo, hoje, só que não escreve mais livros, mas um filósofo que faz filmes, vídeos, programas de televisão. O pensamento hoje talvez não esteja mais sendo escrito. Provavelmente, daqui para a frente, o pensamento não será mais necessariamente escrito. Será escrito, também, mas haverá outras formas de manifestação do pensamento que não unicamente essa. Deleuze já apontara isso. O Godard, na série "História(s) do Cinema", para a TV, faz isso, ao pensar o cinema, faz uma crítica ao cinema, sobre a sua impossibilidade de dar conta do mundo e de fazer uma intervenção real na sociedade.


Arlindo Machado, crítico, deu entrevista a Folha Mais falando do livro "Os Anos de Chumbo" sobre a Ditadura.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0907200615.htm

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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11:36 PM  

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